segunda-feira, 8 de julho de 2013

História de uma floresta lusitana...


Era uma vez uma floresta lusitana, cheia de frondosos Carvalhos , Sobreiros, Amieiros, Castanheiros, Loureiros e belas árvores de folha caduca, que enalteciam a beleza das nossas pequenas serras, vales e zonas ribeirinhas do belo país que foi Potugal. Nesses bosques, caminhávamos tantas vezes no outono, sobre as folhas amarelas, laranjas e vermelhas que iam caindo ao sabor do vento e da chuva que anunciavam a chegada do frio inverno. Era comum encontrarmos inúmeros cogumelos coloridos e pequenos roedores amealhando as últimas bolotas para se refugiarem nas suas tocas e passarem o inverno bem alimentados. Nessas caminhadas apanhávamos as castanhas, que tantas vezes foram pretexto par nos reunirmos, ao redor daquelas fogueiras de lenha de azinho, com o seu cheiro característico, em alegres convívios que hoje apenas ousamos recordar.


Assim caminhamos a passos largos, para um dia, em que estas serão as palavras de uma reportagem ou de um livro qualquer, aludindo a esses tempos em que os Eucaliptos e as Mimosas eram apenas umas pequenas manchas na nossa rica e bela vegetação...


Nunca se sentiram num local que mal reconhecem, rasgado por linhas de feios e estranhos eucaliptos? Nunca se sentiram revoltados por nos terem retirado todos os bosques de carvalhos e sobreiros que povoavam os nossos locais de brincadeiras na infância?


É assim que me sinto e depois de tanto ouvir que: “é melhor uma mancha de eucaliptos do que uma serra pelada”, acho que chegou o momento de dizer: BASTA!!!! Este não é o Portugal que eu quero para os meus filhos.


Temos sido “atropelados” diariamente por notícias de desordenamento florestal, de má gestão das florestas, de incêndios atrás de incêndios, de novas áreas de cobertura por eucaliptais a perder de vista que são o nosso suposto “Petróleo Verde” e que segundo alguns, são um mal menor. Um MAL MENOR!!!!! Mas desde quando? Um dia teremos em termos proporcionais, uma maior cobertura vegetal de eucaliptos, do que a própria Austrália, seu país originário!


Este é o meu primeiro post de indignação face a este terrorismo verde que teimam em fazer-nos engolir a qualquer preço, mas outros virão e com eles, espero conseguir fazer reviver estas nossas bolotas que dizem ser boas apenas para os porcos.



O sonho....

Se eu conseguir, na minha curta vida, fazer crescer uma árvore por cada amigo ou familiar que partir desta terra antes de mim, talvez chegue ao fim da minha vida e possam espalhar as minhas cinzas por um bosque que eu mesmo fiz crescer.... João Fernandes.

Todos o seremos um dia.... Velhos...

Desafio-me a olhar para esse escalão e pensar no quanto eles pensarão no desvario em que vivemos... na ilusão onde nos encontramos... na cegueira em que nos queremos manter... no medo que projetamos nos pensamentos... na força que ainda temos para o combater... 
Parto para aquele meu refúgio, onde me sinto capaz de tudo... qual dono do mundo... que parte do seu porto de abrigo sem hesitar, tocando o horizonte dos sonhos a cada passo que dá...
Nesse refúgio há lugar para todos, para tudo e para as maiores aventuras e sonhos... 
Mas cá fora tudo parece escuro e frio... todos parecem lutar pelo seu pedaço de corda, carregando os seus sonhos pessoais e seus pequenos gritos de afirmação que lhes dão estatuto e um lugar no planalto mais perto do cume daquela montanha onde só os mais valentes podem chegar... e ei-los que teimam em partir para o seu pequeno refúgio levando consigo esses sonhos e essa vontade de o alcançar a sós, para impressionar e poder subir ao planalto que se segue, na vã ilusão que aí chegados, irão ficar mais perto da aceitação dos seus pares, quais espectadores atentos das suas aventuras, quais capitães que sobem ao púlpito após vencerem a guerra... 
Mas de que serve esse reconhecimento se não temos os nossos companheiros de batalha a nosso lado... se os deixamos cair no primeiro confronto... se decidimos seguir quando eles precisavam de mais um dia para se recomporem...
De que vale uma montanha se apenas os meus olhos virem o seu topo?
De que vale um lar se apenas eu tenho a chave da sua porta?
De que vale uma batalha ganha, se apenas eu sobrevivo para a contar?
De que vale um gesto de afirmação, se ele só me consegue afastar dos demais?
Razão!!!!
Razão tem eles, que já viveram o suficiente para descobrir que nesta vida, tudo tem mais sentido se nos soubermos entregar... se soubermos esperar.... se em vez de seguir ou ser seguidos, soubermos acompanhar...  se conseguirmos abrir os olhos e descobrir que a nossa intocável imagem de marca, os nossos tiques e manias, são tantas vezes uma parede que nos afasta em vez de nos aproximar...
Vive a vida... vive o sonho... mas nunca te esqueças de levar os teus amigos para a aventura.
 João Fernandes

Toda a viagem começa por um pequeno passo...



Por vezes sentimos que é longe que se vê o perto e é na ausencia que se valoriza a presença... Ironias............
Outra...

Talvez só isso...
Ou não...
Um encontro nos desencontros, que me levou a pensar àquela distância, que por vezes o caminho é apenas uma ilusão...
A viagem é mais do que isso, chegando a superar o próprio conceito que lhe atribuímos...

Partimos com um sonho, por muito pequeno que seja...

Levamos expectativas...

Esperamos ser surpreendidos...

Sabemos que podemos encontrar imprevistos...

Mas mesmo assim partimos, quais meninos de tenra idade que entram a correr no parque de diversões sem olhar para o lado, sem ver as pessoas com quem se cruzam, sem se aperceber de todos os pequenos recantos do jardim que transpiram encantos, tudo porque correm, com os olhos fixos no pequeno baloiço que acabou de ficar livre e pode ficar de novo ocupado. Correm... correm e o seu olhar dilatado e brilhante de alegria é a prova da força dos seus desejos... dos seus pequenos sonhos...

No entanto, esse sorriso só persiste enquanto o partilham com os sorrisos dos seus próximos e todos se divertem no jardim... Por vezes abstraem-se demasiado nesse baloiço e acabam por reparar que a noite chega a passos largos e com ela toda a magia daquele momento... Então, no regresso, já bem mais calmos, reparam que bem ali ao lado estavam lugares cheios de belos jogos, com recantos secretos e mágicos, os seus olhares abrem-se novamente e quantas vezes puxam o braço da mãe pedindo que lhes deixem correr nesse espaço já escuro e frio... mas isso não acontece e desde cedo nos apercebemos o quanto nos distraímos com as luzes e não prestamos atenção aos pequenos lugares, momentos, pessoas e situações que se cruzam nas nossas vidas, passando ao lado e deixando esse sentimento de oportunidade perdida...

Mas será só isso?

Quantos de nós somos assim?

Ofuscados pelas luzes...

Cegos...

Tão facilmente saciáveis...

Mas tantas vezes a pensar e repensar no regresso a casa...

De uma coisa tenho a certeza...

Fica muito...

Ganhamos tanto...

Surpreendemo-nos tantas vezes na grandeza das descobertas feitas em pequenos e sombrios locais...

Abrimos os nossos horizontes ao sonhar mais alto...

e o facto de nos apercebermos do que perdemos, não será um motivo para nos alegrarmos? sim,porque é sinal que mesmo assim nos apercebemos da sua existência e a vida não acaba ao final de cada dia...

Há sempre um novo dia para voltar a tentar...

E aqui com a certeza que os nossos olhos irão bem mais abertos aos pequenos recantos sem luz, que escondem magia e pequenos sonhos prontos a serem vividos...


Há lugares assim, onde as teias de aranha cobrem as janelas, onde o sol teima em não entrar, mas surpreendem-nos pelos pequenos brilhos reflectidos nos tesouros que por lá encontramos...

"A coisa mais bonita que existe, mais bonita que a beleza, é a diferença...






O meu ganso é bonito pelo seu porte altivo, pela sua plumagem branca, pelos seu olhos azuis. Mas no meio de 1000 outros gansos ele seria só mais um e eu teria dificuldades em distingui-lo dos demais. É no encontro diário com imensas outras aves e animais que visitam o meu quintal, que cada uma das suas características se destaca pelas suas diferenças e me fazem dizer que ele é realmente único e belo.


Mas é iguais que nos querem a nós... esta europa que nos tolda e nos molda à sua imagem de perfeição idealizada, nos quer cada vez mais monocromaticos nos desejos costumes e atitudes para sermos facilmente "alimentados" e saciados. Fico triste ao perceber que estamos cada vez mais iguais e sedentos de tudo aquilo que nos tentam “impingir”. Ao ritmo do POP, RnB, dos thrillers americanos, dos shows de TV que inundam toda a europa e o mundo, dos hábitos alimentares de Fast-foods e take-away, dos pronto a vestir internacionais que nos tentam limitar a escolha e ditar-nos as supostas tendências!!! Que RAIO!!!!


Adoro sair de Portugal e sentir saudade dele no momento seguinte.


Detesto chegar a outro país e ter aquela sensação que se está em casa.


“Parece quase Portugal” dizemos por vezes, “tem tanta coisa igual”


O bonito do nosso país é a sua singularidade, o seu fado (que felizmente volta em força para as nossas casas), as suas músicas tradicionais (que alegremente vejo renascer pelo sangue da juventude), o seu cinema mais puro e genuíno (apelidado por alguns de saloio) que poucos ainda teimam em manter sem influencias, os seus programas regionais de TV que nos fazem chegar o Portugal real casa adentro, mas que por obra de alguns centralistas teimosos nos querem retirar esse toque que o norte tão bem lhe soube dar, a sua gastronomia e os tascos que nos querem fechar por alegada falta de higiene sob os padrões europeus, as boinas e suspensórios que vão reaparecendo quais cogumelos e aqueles bigodes que nos caracterizavam e que hoje voltam aos poucos às ruas.


É esta pequena chama que alimenta a esperança. A esperança de ver um Portugal mais português, com orgulho naquilo que é seu, que o distingue dos demais países. Não quero dizer que o meu país é o mais bonito, mas é certamente muito bonito e eu farei tudo para mostrar o quão português sou e gosto de ser.


Que se lixem os “Mac” e a ASAE, eu quero poder sentar-me numa tasca a comer uns rojões e ir ao restaurante comer arroz de cabidela.


Que se lixem os Biebers e os Psy, eu quero é ir á queima ouvir o Quim, ir até aos jardins do palácio Cristal ouvir a Mariza e Deolinda, até mesmo os censurados Camaradas da luta.


Que se lixem as séries americanas e os blockbusters, quero é balas e bolinhos e Aniki Bóbó.


Que se lixem as Zaras e Levis, quero poder correr as feiras e escolher o que quero naquela confusão de estilos e qualidades sem outra publicidade que não seja o pregão da cigana ou da feirante do norte.


Cada vez que me perguntam se sou do Porto quando me ouvem falar, eu ganho o meu dia. Não porque a minha pronúncia seja a mais bonita, mas porque ela é diferente e é-me característica.


Vivam as diferenças, vejam o belo que cada uma transporta. Acreditem que vale a pena resistir á massificação. Vale a pena ter orgulho em ser português.


Tenho dito…..




João.

Tudo começa por uma letra...

Tudo o sobe fica mais alto, pretende ser uma extensão dos meus pensamentos e um olhar atento sobre a sociedade em que vivemos. Quero ser eu mesmo, como muitos me conhecem, um pouco revoltado com este modelo de vida em sociedade, mas também feliz por viver num país, que teima em largar as amarras do seu passado e vai, a pouco e pouco, voltando a "exumar" alguns dos seus aspetos mais tradicionais e peculiares há muito esquecidos, que fazem dele um dos recantos mais belos deste mundo.
Não quero parecer anarquista, nem tão pouco um obstinado pelo poder supremo do estado, mas quero permitir-me lançar a confusão ao deambular pelas várias formas de se olhar este pequeno país á beira mar plantado, que tantas vezes , mais parece a república das bananas.
Espero que não se inibam de comentar e lançar as vossas opiniões... Afinal, tudo é bem mais engraçado quando se parte para a discussão salutar de um qualquer tema...

Tu! Sim tu!...

Começa algo... Começa algo que saibas poder continuar! A história guarda os feitos e tende a esquecer os projetos que só viram a luz nasc...